4.3.12

Rinha de humanos

Ilustração para a página de opinião do jornal Folha de São Paulo.


"No Brasil, rinhas de galo e canário são proibidas legalmente. Há cidades, como São Paulo, por exemplo, que não permitem rodeios, porque ferem e machucam animais. Mas lutar MMA que maltrata, fere, machuca, lesiona, sangra o ser humano, pode! Rinha humana pode!"




Artigo de José Mentor.

5 comentários:

tiago elcerdo disse...

nao sou contra a "rinha humana", os corpos destes lutadores snao treinados para isto, eles suportam muito mais choque que o nosso. Qualquer ser humano "normal" ou o não praticante, se saisse vivo, estaria completamente desfigurado. O que me incomoda é o que existe por trás destes jogos, o dinheiro sujo e outras precariedades humanas.

Seba disse...

A comparação é no mínimo tosca, mas a ilustração ficou ótima.

Horácio Gama disse...

Linda ilustração!

Cristina disse...

Não achei a comparação tosca, não.. Na verdade, é bem realista. A única diferença é que os galos não opinam sobre participar ou não. Mas quem continua ganhando dinheiro é sempre o dono do galo. Nós é que nos acostumamos a achar normal a barbárie destas lutas.
E, realmente, a ilustração ficou ótima!

Michel R. S. disse...

Comparação entre rinha e luta tem fins meramente polêmicos. Os animais que perdem, se não morrem, são sacrificados, já os lutadores profissionais dificilmente se machucam seriamente e praticamente não correm risco de vida. A condição de vida do animal que vence quase não muda, enquanto o homem pode até se tornar ídolo esportivo. E, de todo modo, os pobres bichos não pediram isso, mas foram instrumentalizados de modo sádico, já o sujeito que luta geralmente o faz porque quer.

Não nos acostumamos a achar normal a luta, sempre a consideramos assim. No entanto, por conta do pacifismo tíbio e simplório desses últimos tempos, qualquer violência, ainda que restrita ou necessária, começa a ser questionada.

De qualquer jeito considero esse esporte um tanto desinteressante, mais um produto da sociedade do espetáculo, cheio de pseudopolêmicas fúteis e palavrórios de marketing, um pancrácio dessacralizado e banalizado. Quem lá se apresenta não é guerreiro, é apenas um mero lutador.